ficou para segunda

Conselho Universitário da UFSM adia definição de cortes de FGs

Marcelo Martins

Foto: Tania Weber (Ascom/UFSM)
Dos 64 integrantes do Conselho Universitário, 53 deles se fizeram presentes na reunião da manhã desta sexta-feira

Conselho Universitário (Consu) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) colocou, na manhã desta sexta-feira, em apreciação uma resolução interna que, basicamente, prevê uma estrutura mínima para as unidades de ensino do campus principal e demais campi, por força de um decreto do governo federal. A proposta formatada pela gestão do reitor Paulo Burmann leva em conta uma situação que se avizinha - com base no decreto (nº 9.725) de março deste ano - que é a necessidade de redução das chamadas funções gratificadas (FGs). Dentro da universidade o impacto já está dimensionado e quantificado.

A instituição tem até o dia 31 deste mês para extinguir 354 funções. Em números, isso quer dizer que a instituição passará dos atuais 759 para 405 FGs. O que representará uma economia de R$ 65,5 mil/mês (e de R$ 787,1 mil/ano) ao orçamento da universidade Federal de Santa Maria. As funções em jogo têm valores que variam de R$ 102 a R$ 270.

A DISCUSSÃO
A reunião do Consu teve início às 8h30min, mas a pauta principal - referente à proposta da reitoria de reestruturação das unidades de educação - só foi começar a ser apreciada às 9h15min. A partir daí, por cerca de 90 minutos, o tema foi debatido pelo reitor e demais integrantes. A servidora técnico-administrativa em educação e integrante do Consu, Loiva Chansis, apresentou pedido de vista, o que adiou, para a próxima segunda-feira, uma decisão acerca do plano emergencial apresentado pela administração Burmann. Mas antes, até que isso acontecesse, foi lido um parecer em que os centros sinalizaram - de forma favorável e contrária - à necessidade de uma adaptação nos quadros internos.

Nesta nova formatação, apresentada na reunião do Consu, serão diretamente impactadas - além da própria reitoria - as seguintes unidades: Centro de Artes e Letras (CAL), Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE), Centro de Ciências Rurais (CCR), Centro de Ciências da Saúde (CCS), Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH), Centro de Educação (CE), Centro de Educação Física e Desportos (CEFD), Centro de Tecnologia (CT) e ainda os campi de Cachoeira do Sul, Palmeira das Missões e Frederico Westphalen. Ficam, contudo, de fora os colégios (Técnico Industrial, Politécnico) e a Unidade de Educação Infantil Ipê Amarelo.

O reitor Paulo Burmann pediu com que o Consu tenha o entendimento de que a aprovação de reestruturação é vital para a garantia do funcionamento da universIdade e pediu compreensão e apoio da comunidade acadêmica:

- Somos uma única instituição. O nosso compromisso deve ser com os estudantes que não podem sofrer impacto dessa situação. Não tenho simpatia alguma com esse decreto, mas ele está aí. É preciso que tenhamos uma leitura clara dos fatos que estão aí postos. 

CARTA
Na entrada da reunião do Consu, que ocorreu no 9º anda do prédio da reitoria, um grupo de servidores distribuiu uma "carta aberta" aos integrantes do Consu. No documento, que não é assinado, são feitas críticas à gestão Paulo Burmann, entre elas é dito que "os servidores foram colocados à margem das discussões" e que "tal proposta de reestruturação foi construída a portas fechadas". Sobre isso, o reitor falou que "não se pode surfar na onda do oportunismo" e que a proposta apresentada vai ao encontro do que outras universidades federais têm feito, sustentou.  


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